"Reza quem é de rezar, brinca aquele que é de brincadeira
Quem é de paz pode se aproximar (...)"

terça-feira, 31 de julho de 2012

Palavras que você nunca mais vai querer usar!


DENEGRIR
Eis mais um exemplo de palavra politicamente incorreta: o verbo denegrir (ou denigrir), do qual se origina o adjetivo denegrido (ou denigrido). Geralmente, empregamos este verbo em referência a mancha na reputação de alguém: “O senador teve sua honra denegrida pela imprensa”. E sabe qual o sentido original da palavra? Acertou em cheio: tornar negro. Ora, o preconceito racial é evidente: se é negro, não é bom.


MULATO
Outro exemplo é mulato, substantivo masculino que empregamos para nos referir a pessoa mestiça, nascida de pai branco e de mãe negra (ou vice-versa). Mas o sentido original contém um sério preconceito racial: é uma referência à cor da mula, fêmea do mulo, híbrido resultante do cruzamento de cavalo com asna ou de asno com égua. A palavra mulato surgiu na primeira metade do século 16, quando os negros eram escravizados e tratados como animais. Filhos de pais brancos e mães negras eram comparados àquele animal de carga.


Leia mais em:http://www.pellegrino.com.br/revista/materias.asp?id=148&votou=true

Afrodescendentes: Inscrições abertas para o I Hadithi Njoo - Festiva...

Afrodescendentes: Inscrições abertas para o I Hadithi Njoo - Festiva...: Aruanda Mundi Foto: Afroreggae O Ilú Obá de Min Educação, Cultura e Arte Negra / Ponto de Cultura Ilú Ònà Caminhos do Tambor...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Memórias do Jongo*

Primeira parte do resumo por Profª Marcia Fonseca

MEMÓRIA POR UM FIO: AS GRAVAÇÕES HISTÓRICAS DE STANLEY J. STEIN 


O Jongo, também conhecido como caxambu ou tambu, é uma dança e um gênero poético-musical característico de comunidades negras de zonas rurais e da periferia de cidades do sudeste do Brasil. Praticado sobretudo como diversão, mas comportando também aspectos religiosos, o jongo originou-se das danças realizadas pelos escravos nas plantações de café do Vale do paraíba, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, e também em fazendas de Minas gerais e Espírito Santo. O Jongo faz parte de um amplo grupo de danças afro-brasileiras (exemplo: Batuque, Candombe, Tambor de criola, o Zambê, etc.). Existem elementos em comum como o uso de 2 ou mais tambores, feitos de troncos de árvores escavados, cobertos de couro em uma das extremidades, afinados com o fogo; o estilo vocal composto por frases curtas cantadas por um solista e repetidas ou respondidas pelo coro; uma linguagem poética metafórica e a presença da umbigada, elemento coreográfico característico em que 2 dançarinos aproximam o ventre. Esses elementos possuem laços com as práticas culturais dos ionpovos bantu da África central e meridional, de onde veio a maioria dos escravos que trabalhavam nas fazendas do Sudeste do Brasil.


Segunda parte do resumo por Profª Marcia Fonseca

Jongos

Como já foi citado acima o Jongo não é só dança, mas também cantigas, conhecidas como pontos.
Os jongos ou pontos são cantados em português, mas frequêntemente aparecem palavras e expressões de origem bantu (exemplo: cangoma, angoma, cacunda). Formado por versos curtos os pontos são tirados ou jogados ou iniciados por um participante e respondidos pelo coro por alguns minutos até que um dos presentes ponha a mão sobre os tambores e grite "machado!" ou "cachoeira!", para que um novo ponto seja iniciado. No decorrer da noite os pontos desempenham várias funções diferentes, para animar a dança (pontos de visaria ou bizarria), para saudar pessoas ou entidades espirituais (pontos de louvação), para desafair outro jongueiro por meio de adivinha a ser decifrada (pontos de demanda, gurumenda ou porfia), ou para encerrar o jongo (pontos de despedida).
A característica central é a linguagem da poética metáfora para transmitir uma mensagem ou enigma a ser decifrado ou, no linguajar dos jongueiros, desatados pelos participantes.
Muitas vezes os pontos são difíceis de decifrar pelos não-escravos. isso permitia que o jongo fosse usado pelos escravos como crônicas da vida no cativeiro, como destaca Stein:
O caxambu era uma oportunidade de se cultivar o comentário irônico, hábil, frequentemente cínico, acerca da sociedade dentro da qual os escravos constituíam um segmento tão importante (...) Dentro desse contexto, os jongos eram canções de protesto, reprimidas mas de resistência.
Outros recursos estilísticos usados pelos jongueiros baseia-se fortemente na tradição coletiva, sem falar nos muitos pontos que se difundiram no tempo e no espaço.


Tava dormindo cangoma me chamou
Levanta povo que o cativeiro já acabou

Tava dormindo cangoma me chamou
Levanta povo que o cativeiro já acabou



Acesse DOCUMENTO GRIOT e leia o resumo completo.

*O livro-CD Memória do Jongo – As Gravações Históricas de Stanley J. Stein – Vassouras, 1949, de autoria de Silvia Hunold Lara e Gustavo Pacheco, foi lançado na noite deste sábado, 31 de maio, no Rio de Janeiro. O projeto foi realizado pela Fundação de Desenvolvimento da Universidade de Campinas (Unicamp), com patrocínio da Petrobras e apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.
Jongo do Sudeste – Uma das mais importantes manifestações da cultura afro-brasileira trazida pelos escravos da região Congo-Angola, que floresceu e se desenvolveu no Sudeste do Brasil em meados do Século XIX. O Jongo do Sudeste envolve canto, dança e percussão de tambores e também é conhecido por tambu, tambor e caxambu, entre os praticantes. Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial, em 2005, foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão. Leia mais. Leia mais.

Resumo realizado pela Professora Marcia Fonseca (Pesquisadora do GRIOT e professora na rede pública de cabo frio)


quinta-feira, 26 de julho de 2012

HOJE tem Jongo? Tem sim senhô!


Dia 26 de julho é o dia estadual do Jongo (RJ)






Algumas das inúmeras boas lembranças de nossas umbigadas por aí:





Saiba mais sobre homenagens e comemorações clicando 
aqui.

"Pequeno" amigo em Arraial do Cabo...


É de doer o coração...

Mais uma vez excluíram o GRIOT.... É uma pena, pois estamos trabalhando sua obra "MAR e AMAR" na escola em Cabo Frio (E. M. Prof.ª Catharina da Silveira Cordeiro)... que é uma puxada de rede... Tudo bem, vamos continuar o trabalho em homenagem ao poeta, documentar e difundir, pois o GRIOT é isso, o contador de estórias e histórias. Paciência, erguer a cabeça e seguir em frente...

Como diz o mestre ‎"Não há esmeril que possa polir a ignorância."

Victorino Carriço

“A vida no seu andejar
Faz coisas erradamente;
Ensina a gente a sonhar
E mata os sonhos da gente”

O texto governamental: 
Para comemorar o Centenário do inesquecível poeta cabista* Victorino Carriço, vai acontecer neste sábado (28/07), a partir das 20h30min, na Casa da Poesia, uma programação bastante
especial. As atividades acontecerão em parceria da Casa da Poesia, com o Departamento de 
Cultura de Arraial do Cabo e a Secretaria de Cultura de Cabo Frio.
A casa da poesia fica em Arraial do Cabo, na Praia dos Anjos, na Rua Nilo Peçanha, ao lado da Igreja Nossa Senhora dos Remédios. Vale a pena conferir!
Saiba mais sobre a Casa da Poesia e do poeta Victorino Carriço: http://www.poesiasempre.com.br/

*DETALHE: ele nasceu em São Pedro da Aldeia...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CAPOEIRA DE TODA MANEIRA: Você sabe o que tá cantando?

CAPOEIRA DE TODA MANEIRA: Você sabe o que tá cantando?: A música de hoje é do Mestre Toni Vargas. Não vou me prolongar na apresentação, porque o Mestre dispensa comentários.  Se você tiver algu...

Denúncias de racismo crescem 9,3 % no 1º semestre

 
Mãe da garota, Fátima da Silva denunciou episódio ocorrido em escola particular de Contagem



A batalha por Justiça da atendente de telemarketing Fátima Adriana Viana da Silva de Souza, de 41 anos, que denunciou racismo contra a filha de 4 anos, começa a ter resultados. 
Leia mais clicando na imagem.





Será que é isso que impede que manifestações afro brasileiras se desenvolvam na região dos lagos? Principalmente em Arraial do Cabo (RJ)?

terça-feira, 17 de julho de 2012

II ART FESTIVAL - GRIOT em 2º lugar!


II ART FESTIVAL - Festival de Dança Estudantil de J. Esperança

GRIOT em 2º lugar!
O "GRIOT Constrindo saberes" ficou em 2º lugar com a Coreografia "ANGICOS".
Coreografia inspirada nos movimentos e ritmos da África "árabe", e nordestino (coco e xote).
A-DO-RA-MOS participar!
Cabo Frio
 2012
Acesse mais informações: GRIOT Construindo saberes


sexta-feira, 13 de julho de 2012

"S.O.S cultura popular" Roda de Jongo (e outros parangolés) GRIOT e "amigos de fé" em Arraial do Cabo



"S.O.S cultura popular" 






Vamos lá POVARIA!
Vamos rodar a saia iaiá... dança ioiô!

Data: 13/07/2012
Centro de Cultura da Prefeitura, na Praia dos Anjos 
(ao lado do restaurante Trem do Cabo, em frente a padaria, bem pertinho da Praça do Cova...  não tem erro! Ônibus passa na porta!)Hora: à noite após as 20 horas

Qualquer coisa é só ligar: (22) 9953-1204 ou 9223.7499

Vamos girar as saias, contar estórias, compartilhar memórias.... 


segunda-feira, 9 de julho de 2012

GRIOTS - OS GUARDIÕES DA TRADIÇÃO ORAL

Até os dias atuais, a maior parte das sociedades africanas subsaarianas dá grande importância à oralidade, ao conhecimento transmitido de geração para geração por meio das palavras proferidas com cuidado pelos tradicionalistas - os guardiões da tradição oral, que conhecem e transmitem as ideias sobre a origem do mundo, as ciências da natureza, a astronomia e os fatos históricos.


GRIOTS - OS GUARDIÕES DA TRADIÇÃO ORAL 
Saiba mais em DOCUMENTO Jongo

Homenagem ao GRIOT e palestra sobre Pedofilia com Andreia Fernandes na ACLAC

Teve como pauta: a posse de Paulo da Silveira (Cadeira 13) representado pelo acadêmico Djalma da Cunha (Vice-presidente da Academia de Artes de Cabo Frio), Reinaldo Martins Fialho (Cadeira 15) representado pelo acadêmico Normando Cardoso.
Recebeu também pela entidade o Diploma de Mérito Cultural o acadêmico Djalma da Cunha. Tomou posse também como Membro Emérito, o artesão Gamaliel Teixeira de Mello (Cadeira 39). Ocorreu a entrega da tela feita pela acadêmica Fátima Goes para as representantes do GRIOT, Marciah Fonseca e Andreia Fernandes. Tomou posse Membro Titular da entidade a artista plástica Argina Seixas. A noite ainda teve a palestra sobre Pedofilia feira pela acadêmica honorária Andreia Fernandes, que faz parte do Conselho Tutelar de Arraial do Cabo/RJ. A palestra faz parte do PROJETO ACLAC CONTRA PEDOFILIA, que teve intervenções poética de acordo com o tema. Acesse Notícias do GRIOT e saiba mais sobre o evento!
*ACLAC (Academia Cabista de Letras, artes e ciências de Arraial do Cabo)