RACISMO, PRECONCEITO
E DISCRIMINAÇÃO:
Desafios
e propostas de combate na escola
por Prof.ª Márcia Fonseca
por Prof.ª Márcia Fonseca
A palestra é uma reflexão sobre o papel da escola e da formação do educador no combate ao racismo, preconceito e discriminação na Escola. Já que atualmente o grande desafio dos profissionais da Educação, é aquisição de práticas educacionais que possibilitem um conhecimento com fundamentações teóricas capazes de proporcionar ao educador uma percepção do meio e dos sistemas sociais, políticos e econômicos. Conclui-se que o preconceito racial é um problema que fomenta a exclusão social, ocasionando divergências no âmbito educacional, o que torna importante que os profissionais da Educação discutam esses grandes desafios.
Palavras-Chave: Educador; Preconceito; Discriminação; Racismo.
INTRODUÇÃO
Questões de gênero, religião, raça/etnia
ou orientação sexual e sua combinação direcionam práticas preconceituosas e
discriminatórias da sociedade contemporânea. Se o estereótipo e o preconceito estão
no campo das ideias, a discriminação está
no campo da ação, ou seja, é uma atitude. É a atitude de discriminar, de negar oportunidades, de negar acesso, de negar
humanidade. Nessa perspectiva, a omissão e a invisibilidade também são
consideradas atitudes, também se constituem em discriminação.
“AO
PÉ DA LETRA”...
Racismo é uma
ideologia baseada na superioridade de uma raça ou etnia (cor da pele ou outras
características físicas) sobre outra. Portanto, o racismo tem como finalidade
intencional (ou como resultado) a diminuição ou a anulação dos direitos humanos
das pessoas discriminadas. Exemplo disto foi o aparecimento do racismo na
Europa, no século XIX, para justificar a superioridade da raça branca sobre o
resto da humanidade.
Os atos, valores e sistemas
racistas estabelecem, velada ou abertamente, uma ordem
hierárquica entre os grupos
étnicos para justificar as vantagens ou privilégios gozados pelo
grupo que domina.
Como
a própria definição expõe, “preconceito”
é uma ideia preconcebida, “opinião não justificada, de um indivíduo ou grupo,
favorável ou desfavorável, e que leva a atuar de acordo com esta definição”. (Enciclopédia
Internacional de Ciências Sociais, 1995)
O
preconceito, seja ele do tipo que
for, é um atestado de insegurança, de autoritarismo, de absolutismo
intelectual, enquadrando automaticamente em categorias classificatórias e
pejorativas tudo aquilo que represente diferença. No fundo, viver em democracia
está na proporção direta do quanto somos pessoal e coletivamente capazes de
superar os nossos
medos.
O estereótipo é simplesmente o
"rótulo" com que costumamos classificar certos grupos de pessoas, e é
muito mais comum do que possa parecer. Os
estereótipos são também uma maneira
de “biologizar” as características de um grupo, isto é, considerá-las como
fruto exclusivo da biologia, da anatomia. O processo de naturalização ou "biologização"
das diferenças étnico-raciais, de gênero ou de orientação sexual, que marcou os
séculos XIX e XX, vinculou-se à restrição da cidadania a negros, mulheres e
homossexuais.
(Curso de especialização em gênero e sexualidade/Organizadores: Carrara, Sérgio…[et al]. – Rio de Janeiro: CEPESC;Brasília, DF : Secretaria especial de políticas públicas para as mulheres, 2010.)
(Curso de especialização em gênero e sexualidade/Organizadores: Carrara, Sérgio…[et al]. – Rio de Janeiro: CEPESC;Brasília, DF : Secretaria especial de políticas públicas para as mulheres, 2010.)
OS DESAFIOS
Entre os sec. XIX e
XX, a sociedade brasileira enfrentou grandes transformações democráticas,
econômicas e sociais que refletiram (e refletem) na estrutura, e em seu
funcionamento, reflexo dos acontecimentos mundiais, como por exemplo, a
redefinição dos papéis da mulher, da mão de obra escrava para assalariada,
processo de miscigenação da nação, ridicularização dos afrodescendentes e nordestinos,
diferença na distribuição de renda na população, o surgimento dos movimentos
sociais, afirmação homoafetiva (“orgulho gay”), etc. tudo, tudo influência
todos os segmentos da comunidade escolar:
.
FAMÍLIAS
.
ALUNOS
.
FUNCIONÁRIOS
.
PROFESSORES
.
DIREÇÃO
Exemplo:
Os “bondes”, atitudes violentas e de extrema violência, comportamentos racistas, preconceituosos e discriminação, principalmente em relação ao negro, às diferentes crenças religiosas, ao gênero (“menino não chora”, “menina usa rosa”,...), a orientação/identidade sexual, e às pessoas portadoras de deficiência física e/ou mental.
Os “bondes”, atitudes violentas e de extrema violência, comportamentos racistas, preconceituosos e discriminação, principalmente em relação ao negro, às diferentes crenças religiosas, ao gênero (“menino não chora”, “menina usa rosa”,...), a orientação/identidade sexual, e às pessoas portadoras de deficiência física e/ou mental.
O que se observa em todos esses segmentos é o despreparo para atuar na RAÍZ das questões. Claro, que o mais exigido é o caro PROFESSOR.
Uma criança se sente discriminada pela
cor da pele, pelo cabelo, pelas roupas que usa ou pelo brinquedo que gosta,
simplesmente porque alguém riu ou fez brincadeiras maldosas a respeito de seu
estereótipo ou de seus gostos pessoais.
PROPOSTAS
DE COMBATE!
. Por este motivo, o preconceito deve ser trabalhado desde os
primeiros anos da criança.
. Conhecer outras realidades: levar os alunos a descobrirem a
diversidade cultural à sua
volta (modos de vida, tipos físicos, ofícios, religiões, etc.).
volta (modos de vida, tipos físicos, ofícios, religiões, etc.).
. Diminuir a intolerância e os preconceitos (encarar o
desenvolvimento de forma
tranquila e responsável).
tranquila e responsável).
. ENTENDER que TODOS têm valor e dignidade, merecendo
respeito.
. IMPLEMENTAR a discussão, não apenas de biologia, mas de
temas que envolvem conhecimentos das áreas de antropologia, sociologia,
pedagogia, história, política e ética.
. Trabalhar os temas transversais.
. Na escola há várias sugestões de
brincadeiras e inserções pedagógicas diárias que
podem ser feitas para trabalhar o respeito à diversidade.
podem ser feitas para trabalhar o respeito à diversidade.
PROPOSTAS
PARA AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E
EJA:
Baseado
no projeto GRIOT Construindo Saberes
. PESQUISAS/ ESTUDOS/ DEBATES/REUNIÕES (toda
comunidade escolar)
. JOGOS COOPERATIVOS
. JOGOS ADAPTADOS
. CULTURA POPULAR BRASILEIRA
. CULTURA E HISTÓRIA AFROBRASILEIRA
. FOLCLORE BRASILEIRO
. CAPOEIRA
. CULTURA, TRADIÇÕES E COSTUMES DE OUTROS POVOS,
OUTROS GRUPOS SOCIAIS,...
As sociedades contemporâneas são heterogêneas, ou seja, compostas por diferentes grupos humanos, classes e identidades culturais em conflito. Vivemos em sociedades nas quais os diferentes estão constantemente em contato. O BOM SENSO é o caminho. Também existem as FERRAMENTAS LEGAIS: Leis (Lei 10.639/ 2003, A Constituição Brasileira, Lei contra o Racismo e Homofobia, entre outras...). É importante toda a comunidade escolar está ciente disso, para diminuir conflitos, e aumentar o exercício da cidadania.
Obrigada pela materia
ResponderExcluirlucineiaap@aasp.org.br